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Fisioterapeutas compõem time de profissionais da linha de frente

A pandemia trouxe grandes desafios na reabilitação de pacientes com COVID-19. Para os fisioterapeutas, isso significou ganhar as páginas de jornais e redes sociais, reconhecidos como fundamentais na luta contra o coronavírus. “Eu até falo para as meninas que a gente está na moda agora”, ri Carla Aparecida de Sousa, fisioterapeuta do HGIS.

Carla é uma das profissionais que atende na UTI Adulto e viveu de perto todo o período mais turbulento da pandemia. Há seis anos trabalhando na unidade, ela percebe que os cuidados redobraram neste período. “A forma como nos paramentamos mudou, a atenção precisa ser ainda maior. Além disso, é um paciente mais vulnerável, que exige mais de nós na parte de reabilitação cardiopulmonar e musculoesquelética”, afirma a fisioterapeuta. 

O fisioterapeuta Gerles Calsolari explica que, por conta desse cuidado maior, os profissionais precisam ficar mais atentos ao manuseio do ventilador e ao momento adequado para fazer o “desmame” – como é chamado o momento em que o paciente deixa o respirador mecânico. “Para isso, é preciso estar atualizado e sempre observar as novidades acadêmicas. Isso faz com que nosso trabalho se torne mais aprimorado e traga melhores resultados”, explica o fisioterapeuta.

Durante esse momento, alguns profissionais do Centro de Reabilitação também foram convocados ao combate da COVID-19. Foi o caso da fisioterapeuta Aline Heringer, que há cinco anos está no HGIS e nos últimos três trabalhou exclusivamente com fisioterapia ortopédica. Contudo, durante a pandemia, passou a atender os pacientes internados no Bloco IV. “Mundos totalmente diferentes. Com a pandemia, foi preciso estudar, ler artigos, para conseguir entender essa realidade”, relata.

Desde o início de setembro, o HGIS retomou cirurgias eletivas e terapias em grupo, o que significou uma volta de muitos profissionais que estavam focados unicamente no tratamento de pacientes com coronavírus aos seus setores de origem. Mas o cuidado prossegue. 

“Notamos que estamos prestes a voltar à nossa rotina. Porém, como a questão da virulência da COVID-19 ainda não foi sanada, todo cuidado se faz necessário na avaliação e condução de casos suspeitos com todo cuidado de sempre”, diz Calsolari.