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Prevenção de suicídio é dever de todos nós

No mundo, o suicídio é a segunda principal causa de morte entre pessoas entre 15 e 29 anos, no entanto, a incidência de suicídio em pessoas com 70 anos ou mais também é elevada. A redução da perda de vidas devido a suicídio tornou-se um objetivo internacional imprescindível em saúde mental. 

Compete aos serviços de saúde o planejamento de estratégias em prevenção com foco em avaliar diagnóstico, tratamento e encaminhamento. No HGIS, um protocolo de assistência Multiprofissional ao paciente com risco de suicídio foi desenvolvido com o objetivo de orientar a equipe na identificação, prevenção e manejo de pacientes com risco de suicídio.

Na admissão do paciente, qualquer membro da equipe multiprofissional pode identificar o risco de suicídio representado pelos seguintes critérios: tentativa de suicídio e ideação suicida além da impressão subjetiva do profissional, conforme risco psiquiátrico do instrumento de avaliação de risco. Detectado o risco, a equipe de psicologia deve ser acionada para avaliação e acompanhamento do caso.

O tratamento deve ser individualizado e o seu principal objetivo é a proteção do paciente. Sendo assim, deve-se avaliar o risco iminente de tentativa de suicídio, a identificação de familiar responsável e a articulação em rede com os dispositivos existentes em saúde mental.

Cada membro da equipe assistencial possui responsabilidades específicas no manejo do paciente:

Médico: Descartar quadros infecciosos; verificar medicações de uso contínuo com familiares e/ou cuidadores e garantir continuidade durante hospitalização; controle de agitação psicomotora: medicamentosa e/ou mecânica; solicitar avaliação psiquiátrica via CROSS assim que estabelecida estabilidade clínica; e registrar o risco de suicídio no prontuário, bem como o plano de cuidado implementado que inclui segmento psiquiátrico.

Enfermagem: Realizar ronda da enfermagem a cada 2 horas e providenciar adequação do quarto (retirada de perfurocortante e suporte de ferro, encurtamento das campainhas, retirada de suporte de soro).

Psicologia: Compartilhar o caso com equipe médica para solicitação de avaliação psiquiátrica, caso o risco de suicídio seja confirmado; e agendamento de seguimento com psicologia na rede básica de atenção.

Nutrição: Dispensação de dietas: Usar colher descartável em substituição ao kit talher para o paciente e acompanhante; usar copos de isopor; liberar refeições para os acompanhantes no próprio leito; dispensar refeições de forma que não seja necessária a utilização do talher cortante; e comunicar o risco ao copeiro.

Farmácia: Avaliar a prescrição dos medicamentos; e educar o paciente e acompanhante quanto ao uso dos remédios.

Serviço Social: Identificar a rede de apoio familiar e convocar familiares, se pertinente; verificar se o paciente está em acompanhamento, tratamento na rede e/ou em uso de medicações; e orientar a necessidade de acompanhante. Caso não esteja com responsável, convocar.